Pumas e Olímpia vencem e farão grande final da Copa Entre Amigos 2016

As semifinais da Copa Entre Amigos 2016 mantiveram o nível de emoção demonstrado nas quartas. Olímpia e Cerro Porteño começaram o dia com um confronto eletrizante, decidido somente nas penalidades. Logo depois, entraram em quadra brigando pela segunda vaga na final Pumas e Atlético Nacional. Um dos confrontos mais aguardados do campeonato só foi decidido a menos de um minuto para o apito final.

Confira abaixo os jogos que colocaram Pumas e Olímpia na final da CEA 2016.

Cerro Porteño 4 x 4 Olímpia

Pênaltis: Cerro 0 x 2 Olímpia

O clássico paraguaio que definiu uma das vagas para as finais começou quente. Os dois times entraram bem postados em quadra, com os vermelhos tomando uma atitude mais ofensiva. O placar foi aberto após boa jogada entre os jogadores do Cerro. Digol lançou Jeff na frente de Brutus, que saiu para abafar a jogada. Com uma cavadinha, o jornaleiro conseguiu encobrir o arqueiro e marcar o primeiro gol do jogo. Poucos minutos depois, o próprio Jeff foi cobrar um lateral na quadra de defesa. Seu pé enroscou na rede próxima à quadra e o lateral acabou virando um passe para Mano, que bateu de primeira quase de frente para Edno, empatando o placar.

O Olímpia conseguiu a virada após boa jogada de Mano pela direita, que passou por Evandro e rolou para Hetchko, cara a cara com o goleiro, marcar. Mas o Cerro não desistiu e alcançou a igualdade antes do apito do fim do primeiro tempo, em jogada individual de Sérgio.

Na segunda etapa, o confronto começou a ganhar contornos de dramatismo. Em jogo brigado, o Cerro marcou mais uma vez com Jeff, após outra assistência de Digol. Com outra bola na rede de Hetchko, artilheiro da partida e jogador essencial na campanha do Olímpia, o jogo voltou ao empate. Como não poderia ser diferente, o embate seguiu emocionante, com boas defesas dos goleiros Brutus e Edno. Weiber, do Cerro, desempatou o placar, dando esperanças de que o jogo poderia estar sendo definido ali.

Durante todo o jogo, as principais ações de ataque foram do time vermelho. O Olímpia adotou uma postura mais defensiva, e tentava sair nos contra-ataques. Com o cansaço, os dois times começaram as substituições. Marcelinho entrou pelo lado negro da força, e Tanque foi para o jogo pelo Cerro. Porém, o que ninguém esperava era que em um dos primeiros lances em quadra, Edson fizesse valer o apelido e atropelasse Weslley dentro da área, fazendo com que a arbitragem assinalasse pênalti para o Olímpia, que empatou o placar com cobrança de Weslley. Sem mais forças de ação, o jogo terminou, tendo sua definição encaminhada para as penalidades.

Cerro não acerta nenhuma cobrança e cai nos pênaltis

A cobrança de pênaltis começou com o Olímpia. Weslley, jogador de nível A dos pretos, foi quem assumiu a responsabilidade de abrir as cobranças. À sua frente, Edno, que havia levado um gol durante o jogo, também de pênalti, convertido por Weslley. Desta vez, o resultado do embate foi diferente. Edno acertou o canto e defendeu com o pé a cobrança. O segundo chute foi de Digol, também nível A dos vermelhos. Assim como Edno, Brutus acertou o canto e fez uma bela defesa após chute forte do jogador adversário. Mesmo após duas cobranças, a disputa permanecia zerada.

Então, foi a vez de Hetchko partir para a bola. Com um chute forte, no ângulo, o artilheiro do jogo não desperdiçou. Weiberlan tinha a responsabilidade de deixar tudo igual. O canhoto foi para a bola confiante, mas acabou tirando demais do goleiro e a bola foi para fora. Quem seguiu para a cobrança que poderia decretar a classificação do Olímpia foi Samuel. Sem pestanejar, soltou a bomba que passou perto das mãos de Edno, mas estufou as redes, liberando o grito da garganta da torcida olimpiana.

Como não poderia ser diferente, a comemoração do Olímpia foi imensa. “Chegamos desacreditados depois da primeira fase, pela campanha instável. Mas mostramos que temos um time forte, e conseguimos vitórias sobre candidatos ao título. Agora vamos para a final buscar esse título para coroar a superação de todo o elenco”, afirmou Hetchko, que sacramentou a vitória dos pretos e a classificação para a final.

A derrota foi bastante sentida pelo time do Cerro, mas o capitão Digol declarou que a equipe cai de cabeça erguida, somente com duas derrotas em toda a competição. “Não é hora de lamentarmos os erros. Saímos com a certeza de que demos nosso máximo em todos os jogos. Temos mais um jogo pela frente, para buscarmos a vitória e concretizar a boa campanha nessa Copa”.

No dia 27/08, o Cerro encara o Atlético Nacional, às 9h30, na disputa pela medalha de bronze. Logo depois, às 10h30, o Olímpia tenta o título, frente ao Pumas.

Pumas 8 x 7 Atlético Nacional

Pumas e Atlético Nacional entraram em quadra para mais uma batalha em busca da final. Os dois times eram considerados candidatos ao título, e alguns diziam até que esta era uma final antecipada. No confronto da primeira fase, o Narcos passou por cima dos marrons, com o placar de 10×2. Mas ninguém esperava que a história se repetisse, já que no mata-mata as coisas mudam totalmente. Como disse alguém: ‘parece outro campeonato’.

Dando tudo de si, o Pumas iniciou o jogo como um rolo compressor. Em menos de dois minutos, já abriu 2×0, dando a entender de que devolveria a goleada aos verdes. Mas é claro que o Atlético não deixaria barato. O time de JP foi para cima, e equilibrou o jogo. O próprio João Pedro abriu o marcador dos colombianos. Padilha, com uma cavadinha sobre Gito, empatou.

A partir daí, o jogo mudou e os verdes é quem passaram a dominar a partida. Em um dia inspirado, mesmo com marcação dobrada sobre ele, João Pedro conseguiu balançar as redes três vezes. Padilha e Cris davam ritmo de jogo ao Narcos, e Magno chegava sempre com perigo à meta adversária.

Mas o intervalo fez bem ao Pumas. Com o placar adverso, o time voltou com postura ofensiva na segunda etapa. Alisson marcou somente uma vez, mas conseguiu cinco assistências. Com a forte marcação de Cássio, que passou quase que o jogo todo colado no pivô adversário, Alisson deixou de lado o instinto artilheiro e vestiu a roupa de garçom do dia. Garret apareceu bastante, inclusive marcando quatro gols. Junto com Jorge, que fez dois, eles armaram boas jogadas de ataque, com movimentação.

Com marcações encaixadas, os dois times tiveram dificuldades na criação. Faltando menos de um minuto para o fim, o placar estava empatado, e tudo indicava que a partida seria decidida nos pênaltis. Porém, em mais uma infelicidade, o goleiro Jhonathan, que já havia falhado nas quartas, acabou tomando um gol em uma bola fraca, chutada sem muitas pretensões por Luís Felipe. A redonda passou por baixo das pernas do novato arqueiro, que viu o filme da eliminação passar novamente em frente a seus olhos, agora sem final feliz.

Cássio, capitão do time da Colômbia, lamentou a derrota. “Após começarmos levando dois gols relâmpagos, encaixamos a marcação e fizemos um primeiro tempo arrasador. Porém, o Pumas cresceu muito de produção na segunda etapa, e nós falhamos demais individualmente, o que foi crucial para o resultado. O inconformismo bateu quando tomamos um gol no apagar das luzes, quando os dois times já estavam pensando nos pênaltis. Agora nos resta buscar uma vaga no pódio, para valorizar este grupo que fez uma grande primeira fase e excelentes jogos nesta Copa Entre Amigos Libertadores 2016”.

Maurício, capitão do Pumas, destacou o empenho da equipe e a entrega de todos pela vaga na final. “Especificamente na última partida, o que realmente pesou foi a raça e determinação da equipe, mesmo estando em desvantagem, todos jogaram com muita raça e vontade, sempre objetivando a vitória. Como destaque, devo salientar o Garret que correu e jogou muito, assim como toda a equipe, sem desanimar em nenhum momento. Também quero destacar o incentivo do Alisson, que nos ajudou muito a não desanimar quando estávamos perdendo por 6×3, dizendo que o nosso jogo seria no segundo tempo, como realmente foi. No campeonato, de maneira geral, o que mais pesou foi a união do grupo, pois mesmo estando desfalcado em todas as partidas, sempre lutamos muito pelos que estavam na quadra, e também pelos que não puderam comparecer, sempre com a confiança de buscarmos a final, o que realmente ocorreu. Agora estamos lá, e vamos lutar muito para conquistar o título, mesmo sabendo da dificuldade que encontraremos diante do nosso adversário. Que vença o melhor. Claro, espero que seja o Pumas”.

Os marrons encaram os pretos na decisão da Copa CEA Libertadores 2016, no dia 27. Já os verdes brigam para subir no terceiro lugar do pódio, contra o Cerro Porteño.

Jeferson Nunes

Coordenação de Comunicação

Copa Entre Amigos 2016

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