Boca Juniors faz o primeiro ponto na Copa Entre Amigos, e Trujillanos empata mais uma

Até que enfim! Esse foi o sentimento dos jogadores do Boca Juniors quando saíram de quadra após o jogo contra o Toluca. O time argentino conseguiu se superar, e empatar o jogo em 5×5 com o Toluca, que acumulou o segundo empate seguido na competição, após sair na frente no placar. Outro resultado de igualdade do dia foi entre o Trujillanos e o Cobresal. Na torcida, ouviu-se o cântico: “O Trujillanos é o time do empate, o Trujillanos é o time do amor… lêlêlê lêlêlê lêlêlê… ÔôÔô…”. Os rosas empataram a terceira, em seis jogos pela Copa Entre Amigos. O resultado também foi de 5×5. Os laranjas, que estão na parte debaixo da tabela, mostram que com a presença de todo o elenco podem dar trabalho na Libertadores deste ano.

Confira no link o resumo das partidas da sexta rodada da Copa Entre Amigos 2016.

Emelec 4 x 15 River Plate

A vida do Emelec fica cada vez mais difícil no campeonato. Com cinco jogos disputados, já que a equipe folgou na rodada passada, foram só três pontos ganhos. Apesar de estarem em situação melhor que o Boca Juniors, os cinzas começam a dar sinal de enfraquecimento, e já se enxergam dúvidas explícitas nas expressões dos atletas, dentro e fora de quadra. O River Plate, que nada tem a ver com isso, vive uma situação totalmente contrária. A equipe chegou a vice-liderança, com 13 pontos, na cola do líder Cerro Porteño. Pacholek, Albano e companhia estão ditando o ritmo das partidas, e aplicando goleadas nos adversários.

O jogo começou às 8h30, com frio de cerca de 0º, mas nem por isso teve lentidão dos dois times. Com cerca de cinco minutos jogados, o River já tinha 4×0 no placar. O Emelec até tentou acompanhar o ritmo, mas não conseguiu. Pela primeira vez no campeonato, os cinzas jogaram com o elenco completo, com o retorno de atletas que estavam lesionados, mas isso não foi suficiente para vencer. Dan, um dos estreantes após recuperação de uma fratura no pé, falou sobre a primeira experiência com os colegas em quadra. “Infelizmente, eu estava sem ritmo, o que me impediu de ajudar mais o time. Mas foi muito bom poder estrear. As derrotas não nos desanimaram, porque acreditamos que podemos melhorar a organização do time. Temos bons jogadores e com mais organização em quadra, podemos dar trabalho”.

O River Plate mostrou que tem um time compacto e participativo. Fora o goleiro Roni, todos em quadra marcaram gols. “Foi uma partida muito importante, na qual conseguimos mostrar a vontade e a força que temos neste campeonato. O time é unido e todos jogam buscando a vitória, e não destaques individuais, como acontece em outros times argentinos por aí”, destacou Pacholek, que briga pela artilharia da Copa.

Os argentinos perderam dezesseis gols de saldo, devido à decisão da Comissão Julgadora por decretar W.O. na partida contra o Rosário, no último sábado. O time goleou por 20×1, o que renderia um saldo de 19 gols. Porém, o W.O. tem como determinação estabelecer três gols à equipe vencedora. A pontuação se manteve.

Trujillanos 5 x 5 Cobresal

Até agora, ninguém consegue definir se os laranjas da Copa são um time que irão brigar pela zona de rebaixamento, ou por vagas na fase final. O Cobresal está vivendo uma gangorra de boas e péssimas atuações. Na rodada passada, o time passou perto de registrar W.O., teve duas expulsões e precisou terminar o jogo antes do tempo, perdendo por 15×4. Nesta rodada, a equipe jogou o primeiro tempo com dois suspensos, contra o Trujillanos, e mesmo assim saiu com o empate.

Com um saldo de 30 gols negativos, o Cobresal chegou aos quatro pontos ganhos, ocupando a décima posição. Os rosas, que chegaram ao terceiro empate na Copa (Cerro, River e Cobresal), não entendem o que acontece para o time empatar tanto, e geralmente levando gol no fim. “Falta sorte e competência. Nosso time perde muitos gols. Nosso forte é a marcação, mas precisamos atentar mais nos momentos finais do jogo, quando levamos gols que tiram pontos importantes para nós”, reclamou Salles, que jogou somente o segundo tempo, pois cumpriu suspensão.

Mesmo com somente uma derrota em todo o campeonato, o Trujillanos soma nove pontos, e está na sétima posição. O Cobresal foi aos quatro pontos, ganhando a posição do Rosário Central (punido), e subindo para décimo.

Atlético Nacional 11 x 2 Racing

Um rolo compressor passou sobre o time do Racing no último sábado. Como mais uma das peripécias de Pablo Escobar, que sempre teve uma relação complicada com os argentinos, uma avalanche de gols foi derrubada sobre os azuis. O Atlético Nacional não teve piedade do time de Tevez, que buscou o gol de todas as formas, mas foi praticamente anulado pela marcação em revezamento dos jogadores do Narcos: João Pedro, Cris e Cássio.

Carlos Magno, que marcou três gols e deu cinco assistências, afirmou que esperava mais equilíbrio do jogo. “Teoricamente, era para ter sido mais equilibrado. Mas os méritos foram todos nossos. Com uma marcação fortíssima e triangulações envolventes no ataque, nossa equipe desequilibrou, fazendo a partida ficar com um placar elástico. Se continuarmos jogando assim, vai faltar pó para encher o caneco”, disse entre risos o morador de Camboriú.

Os azuis estão mesclando bons jogos, com atuações ruins. Uma das reclamações recorrentes dos atletas é que o time é muito dependente do artilheiro do campeonato, Tevez, que também acaba querendo decidir sozinho. “Acho que nosso time está pensando muito no individual, e pouco no coletivo. Temos algumas lesões que estão prejudicando o desempenho, mas os jogadores dentro de quadra deveriam lutar mais pela vitória, e não pela artilharia”, declarou Rafinha, em um desabafo durante o churrasco do fim de semana.

O Racing soma 50% de aproveitamento no campeonato, com três vitória e três derrotas, e está na quinta posição do campeonato, com nove pontos. Os Narcos continuam na briga pela liderança, com a terceira posição, e apenas dois pontos a menos (12) que o líder Cerro (14).

Boca Juniors 5 x 5 Toluca

Falem o que quiser, mas o importante é que o Boca Juniors conseguiu o primeiro ponto do ano, na Copa Libertadores 2016, após seis rodadas. Os amarelinhos jogaram na superação, correndo atrás do placar durante todo o jogo, e conseguiram chegar à igualdade faltando pouco tempo para o o apito final do árbitro. O time continua na lanterna da CEA, mas o primeiro ponto conquistado pode elevar o moral para os próximos embates.

O Toluca, que já havia empatado na rodada passada, lamentou mais um resultado de igualdade, principalmente por estar na frente nos dois jogos e permitir a reação dos adversários. Moser, A dos bordôs, comentou que o time está pecando na hora de matar a partida. “Precisamos aproveitar as chances de definir o jogo. Nós começamos bem, mas depois nos acomodamos. Isso aconteceu nos dois jogos. Precisamos ser mais incisivos para matar logo o jogo”.

Pelo lado do Boca, Krystopher foi o destaque, com dois gols marcados, ajudando o time a sair de quadra sem ser derrotado pela primeira vez. “Fico feliz pelo nosso primeiro ponto conquistado. Apesar de termos feito boas partidas anteriormente, não conseguimos pontuar. Hoje estávamos focados, com muita vontade, e conseguimos o gol de empate no fim do jogo”, comemorou o cara que tem K, Y e PH no nome.

A situação dos argentinos continua bastante complicada em termos de classificação, mas em todos os jogos ouve-se um “eu acredito” vindo das arquibancadas. O Boca está na última colocação da Copa, com um ponto conquistado. Os mexicanos, do Toluca, chegaram aos oito pontos, e estão na oitava posição.

Pumas 6 x 7 Cerro Porteño

Pumas e Cerro Porteño fizeram um dos jogos mais aguardados do dia. E realmente foi um daqueles eventos que valem o ingresso. Com muita força dos dois lados, o jogo foi equilibrado durante todo o tempo, e terminou com uma vitória apertada dos vermelhos. O Pumas perdeu a segunda no campeonato, mais uma vez com falta de jogadores. Garret chegou para o segundo tempo, e Jorge está lesionado, devendo ficar algumas semanas fora do campeonato. A partida foi truncada, com muitas faltas dos dois times, com três cartões amarelos e um pênalti inexplicável. Luiz Felipe pegou a bola com a mão dentro da sua própria área, quando estava sozinho no lance. “Quando vi uma bola perto de mim, só quis pegá-la, para levar para casa. Fiquei assustado quando o juiz apitou pênalti”, contou o atleta.

O jogo começou com o Pumas abrindo dois gols de vantagem, mas em um dia inspirado de Wesley Safadão, também conhecido como Weiber, os paraguaios conseguiram a virada ainda no primeiro tempo. “99% vontade, garra, mas aquele 1% foi habilidade de um time que continua invicto. Conversamos durante a semana, com todos expondo suas opiniões. Eu pedi para terem mais confiança em mim, os companheiros acreditaram e possibilitaram que eu fizesse minha melhor partida no campeonato”, declarou.

Alisson foi o nome do time do Pumas, e conseguiu manter a equipe em pé até o fim, marcando gols importantes que não deixaram os paraguaios se distanciar no placar. “Perdemos muitas chances cara a cara com o goleiro deles. Além disso, não encaixamos a marcação, o que possibilitou aos adversários muitos contra-ataques. Temos um time equilibrado, mas precisamos manter o foco durante as partidas e caprichar mais nas finalizações para irmos longe no campeonato”, sacramentou o pivô.

Com a vitória, o Cerro Porteño manteve a liderança e a invencibilidade após seis rodadas, com 14 pontos. O Pumas ficou na sexta colocação, com nove pontos.

Olímpia 4 x 9 Rosário Central

Depois de um começo de campeonato avassalador, com duas vitórias seguidas nas duas primeiras rodadas, o Olímpia perdeu a força. No último sábado, o time acumulou a quarta derrota seguida, e continua na nona posição, dentro da zona de desclassificação. O Rosário foi quem impôs mais uma derrota aos pretos. O time, que jogou somente com três atletas na linha na semana passada, contou com todos os jogadores em quadra neste sábado, e mostrou um futebol envolvente, vencendo por 9×4.

Pelo lado dos paraguaios, o sentimento é de incredulidade. Os atletas mostram as dúvidas quanto ao que está acontecendo em cada lance em que o time leva gols. “Nosso time tem potencial individual, mas ainda não jogamos como uma equipe. Temos também uma grande deficiência em nosso sistema defensivo, pois não estamos conseguindo anular jogadas previsíveis dos nossos adversários”, avaliou Marcos, o Bozo.

Mesmo com a vitória, os argentinos não estão em uma situação confortável. O time só tinha três pontos, antes do jogo. Com os outros três conquistados, iria a seis, porém, a Comissão Julgadora divulgou decisão punindo a equipe com a perda de três pontos, devido a considerar a partida contra o River (pela quinta rodada) um W.O. Sérgio, goleiro e assessor dos azuis, lamentou a punição, mas afirmou que o julgamento não irá abalar o time. “Nós falhamos. Infelizmente, por uma coincidência de problemas entre vários dos nossos atletas. Esforçamo-nos para evitar a situação, porém, se é uma punição prevista em regulamento, nós temos que aceitar. Essa punição só irá aumentar a nossa motivação para buscar melhores resultados, e os adversários que nos enfrentarem daqui para a frente podem esperar batalhas dentro de quadra”.

Com a decisão da CJ e a vitória, o Rosário permanece com três pontos ganhos, e ocupa a décima primeira posição.

Churrasco do fim de semana tem costela de chão e participação maciça

Muitos atletas, amigos e familiares se reuniram na casa do Nereu, jogador do Deportivo Cali, após os jogos do fim de semana. O motivo foi o churrasco da rodada, que contou com saladas, carne, linguiça e uma costela de chão daquelas que se come de colher, conforme prometido pelo anfitrião Nereu.

Além das comidas, muita cerveja foi bebida pelos pseudo atletas da Copa Entre Amigos. Cerca de 40 pessoas participaram do evento, organizado pela equipe do Deportivo Cali. O clima foi de confraternização, e muita discussão sobre os jogos do campeonato.

 

Jeferson Nunes

Coordenação de Comunicação

Copa Entre Amigos 2016

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