Quartas de final devem ser equilibradas e não contam com favoritos

Não é fazer média, é a realidade. A edição de 2016 está sendo um dos campeonatos mais equilibrados da história da Copa Entre Amigos, opinião de muitos atletas, que é embasada em fatos. Ao fim da primeira fase, as pontuações ficaram próximas. Do líder, Atlético Nacional, até o terceiro colocado, a diferença foi de seis pontos. Já entre o quarto, Olímpia, e o primeiro eliminado, Trujillanos, a diferença foi de apenas três pontos. E com esse equilíbrio todo, não tem como não esperar jogos emocionantes neste sábado, no Cáncun.

O dia começa com o líder da primeira fase em quadra, às 9h. O Atlético Nacional teve a melhor campanha nas treze primeiras rodadas, o que lhe garantiu o direito de enfrentar o oitavo colocado, Racing. Os argentinos fizeram uma campanha inconstante, com alternância de belas apresentações e resultados desastrosos, como o da última rodada da primeira fase, quando o time foi massacrado pelo Pumas, por 14×1.

Logo depois, às 10h, é a vez do vice líder, Cerro Porteño, encarar o Deportivo Cali. As duas equipes terão ausências importantes. Pelo lado vermelho, Digol não joga na primeira etapa, pois está suspenso. Já os verdes terão o desfalque de Nereu, que foi curtir as Olimpíadas. O Cerro foi derrotado somente duas vezes, em doze jogos. Já o Cali fez uma campanha com seis vitórias e seis derrotas.

Às 11h, Pumas e River Plate entram em quadra para um grande embate. Os marrons fizeram uma campanha com quatro derrotas, uma delas para o próprio River. Já os brancos decaíram muito após a sétima rodada. De lá para cá, foram seis jogos, com uma vitória e seis derrotas. O time ainda sofre com os desfalques, como o goleiro Roni, que pode não jogar neste sábado.

Ao meio dia, encerram o dia Toluca e Olímpia. Ao contrário do River Plate, o Olímpia cresceu da metade para o fim da competição, e terminou a primeira fase em quarto. Já os bordôs do Toluca, mesmo com apenas três derrotas, terminaram em quinto, já que também tiveram três empates.

Pitacos sobre os times

Atlético Nacional – 1º colocado

Campanha na primeira fase: 30 pontos, 10 vitórias, 2 derrotas, 96 gols marcados, 42 gols sofridos.

O Narcos, apelido dado pela própria equipe, tem no elenco João Pedro. O atleta, que entrou para substituir Regi, encantou desde sua primeira apresentação, com boas jogadas e muitos gols. Com tudo para ser eleito o craque do campeonato, e com possibilidades de ser o artilheiro – já que está empatado com Tevez, com 36 gols – JP mostra um espírito de equipe, jogando mais atrás do que na frente, e mesmo assim se destacando pelos gols marcados. Além dele, o Narcos conta com Cássio, um dos touros do campeonato, incansável, aguerrido, e que dá poucas chances para os adversários passarem por sua marcação. Os verdes ainda contam com Padilha, um dos articuladores do time, que também marca os seus. Para fechar, o time tem o goleiro Jonathan – um dos menos vazados, Cris, Ricardo, Magno (nono colocado na artilharia) e Leocádio, mais técnico do que jogador.

Racing – 8º colocado

Campanha na primeira fase: 18 pontos, 6 vitórias, 6 derrotas, 72 gols marcados, 75 gols sofridos.

O time do Tevez. A sentença não é apenas especulação. Dos 72 gols feitos pela equipe, metade foi dele. Os argentinos são uma das equipes com maior oscilação durante a primeira fase, com seis vitórias e seis derrotas. O time foi prejudicado pela lesão de Eckel, B+ que ficou mais da metade do campeonato fora. O atleta voltou para as quadras nos últimos jogos, mas ainda sem confiança na recuperação, e jogando com cautela. Ainda no elenco, Felipe (Pedalinho) não tem posição definida, mas pode jogar tanto na defesa, como fez contra o Cerro, como na armação de jogadas. Badaz é jogador de lua, já que perde alguns gols imperdíveis, mas é artilheiro em outros jogos. Dentinho e Rosner são estáveis e dão ritmo de jogo para a equipe. Kimura é o grandalhão da zaga, responsável por parar jogadas dos adversários. O goleiro Robson costuma fazer boas apresentações. O futebol apresentado pelos argentinos não segue um padrão, já que a equipe alterou ótimas apresentações, como as vitórias sobre Cerro e Toluca, e péssimos jogos, como as derrotas para Emelec e Pumas, a última por 14×1.

Cerro Porteño – 2º colocado

Campanha na primeira fase: 26 pontos, 8 vitórias, 2 derrotas, 2 empates, 92 gols marcados, 56 gols sofridos.

O vice líder da primeira fase é tido também como um dos times mais coesos da competição. Os vermelhos conseguem manter o ritmo de jogo, independentemente das substituições. Com equilíbrio entre ataque e defesa, os paraguaios têm como trunfo a força de Digol, a agilidade de Jeff, a maestria de Sérgio, as canhotinhas de Weiber e Evandro, e a garra de Tanque e Dalton. Além dos atletas de linha, o Cerro tem a revelação do ano passado no gol, a muralha Edno. Jeff e Digol estão empatados na artilharia, com 24 gols cada, e juntos fizeram mais da metade dos gols do time na Copa. Um dos pontos de destaque é a entrega até o fim, mostrada em empates e vitórias obtidos no apagar das luzes, como contra Trujillanos e Rosário.

Deportivo Cali – 7º colocado

Campanha na primeira fase: 18 pontos, 6 vitórias, 6 derrotas, 63 gols marcados, 52 gols sofridos.

Os verde-escuros começaram a Copa como um dos times mais temidos, já que reúnem no elenco estrelas como Magrão, Nereu e Rato. Além destes, novatos viraram protagonistas na equipe, como Baiak, tido como o Ganso da CEA, e Leandro, goleiro comparado a Rodolfo Rodríguez (mesmo com algumas falhas que o ídolo não teria). O elenco ainda conta com Roni e Maranhão, bois bandidos que metem medo em qualquer avante, e Danilo Martinez, que se entrega em quadra. Porém, a equipe demorou a encaixar, e acabou criando confronto de estrelas, por falta de espaço na constelação. Nereu, Rato e Magrão se desentenderam em algumas partidas, o que abalou o psicológico da equipe. Com isso, o time fez o suficiente para se classificar, e agora precisa mostrar mais força, caso queira avançar de fase.

Pumas – 3º colocado

Campanha na primeira fase: 24 pontos, 8 vitórias, 4 derrotas, 74 gols marcados, 55 gols sofridos.

O Pumas, sem dúvidas, tem um dos elencos mais fortes do campeonato. No peso, Pika e Alisson contribuem enormemente para a equipe. Começando por Gito no gol, com milagres praticados durante todo o campeonato. Maurício, na defesa, mete medo em qualquer atacante. Luís Felipe, Jorge, Tiago e Garrett completam o elenco, todos com flexibilidade de jogar no ataque ou defesa, com muita qualidade. Alisson bateu, na última rodada, o recorde de gols feitos em uma partida da Copa, com nove bolas na rede. Ele chegou aos 30 gols, e está empatado com Pigor (já eliminado), na terceira colocação da artilharia. Um dos problemas do Pumas, que inclusive contribuiu para as derrotas, foram os desfalques em algumas partidas. Segundo a assessoria, o time sofre com atletas dedicados às baladas e bebedeiras.

River Plate – 6º colocado

Campanha na primeira fase: 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate, 5 derrotas, 68 gols marcados, 63 gols sofridos.

Pode-se dizer que o River viveu fases distintas em 2016. O time começou sendo derrotado, depois venceu, e na terceira rodada empatou. Aí encaixou uma sequência de vitórias, seguida por algumas derrotas. Essa oscilação argentina refletiu na classificação. O time ocupou as primeiras colocações até perto do fim da primeira fase, mas acabou terminando em sexto, devido aos maus resultados. Albano, um dos maiores artilheiros da história da CEA, encaixou seu jogo com Pacholek, um dos pivôs mais requisitados pelos alas. Com a dupla, o River obteve 39, dos 68 gols marcados. O goleiro Roni é uma das boas surpresas da CEA 2016, mesmo afirmando que seu lugar é na linha. Léo é o responsável por tentar parar os adversários, jogando mais atrás. Sebá, Zanuzzo e Pasini flutuam em quadra, tentando dar ritmo à equipe. Piazão fecha o elenco, como centroavante.

Olímpia – 4º colocado

Campanha na primeira fase: 21 pontos, 7 vitórias, 5 derrotas, 60 gols marcados, 54 gols sofridos.

O Olímpia também tem um elenco equilibrado. Weslley, A dos pretos, comanda as ações de armação do time, com Hetchko como coadjuvante na artilharia (com 14 gols), e Samuel e Mano formando uma das melhores duplas defensivas da Copa. Até aqui, o time fez mais apresentações boas do que ruins, tanto que termina a primeira fase entre os quatro primeiros. Contudo, os paraguaios perderam jogos importantes, como para o Racing e Rosário, que poderiam ter colocado o time em melhor posição. Mazzardo joga onde pedirem, e se destaca por sua tranquilidade. Marcelinho e Bozo, já com idades mais avançadas, tentam ajudar ao máximo, mas não conseguem muita coisa.

Toluca – 5º colocado

Campanha na primeira fase: 21 pontos, 6 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 50 gols marcados, 38 gols sofridos.

O Toluca é, sem dúvidas, a incógnita da Copa Entre Amigos 2016. Ninguém consegue definir se o time é uma seleção da Alemanha, ou uma seleção brasileira. Os bordôs conseguiram a façanha de colocar 5×0 nos líderes, placar que acabaria com a pontuação no Cartola de qualquer um. Porém, conseguiram também levar 7×2 do Racing. Começando por Favretto Neuer no gol, goleiro menos vazado até aqui, e um problema gigantesco para os adversários, a equipe tem uma defesa compacta, com Mozer como peça principal. O time ainda conta com astros como Edu Martins, Pancini, e Wellington, irmão do Weslley, que também é tido como uma das revelações do campeonato. Compõem o elenco os sempre esforçados Pica Pau e Eugênio, e Gelson Prado, que mal conhecemos, mas já consideramos pacas.  

Jogos do sábado (quartas de final)

9h – quadra 1 – Atlético Nacional x Racing

Mesários: *voluntários

10h – quadra 2 – Cerro Porteño x Deportivo Cali

Mesários: jogador Narcos / jogador Racing

11h – quadra 1 – Pumas x River

Mesários: jogador Cerro / jogador Cali

12h – quadra 2 – Olímpia x Toluca

Mesários: jogador Pumas / jogador River

*os mesários precisam ser indicados pelo time.

 

Jeferson Nunes

Coordenação de Comunicação

Copa Entre Amigos 2016

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