Trujillanos perde, é eliminado, e ajuda a definir classificados para a fase final da Copa Entre Amigos 2016

Cinco eliminados. Era o necessário para que os classificados para a próxima fase da Libertadores fossem definidos. Cobresal e Boca Juniors já haviam caído. Emelec e Rosário tinham situações mais complicadas e seriam eliminados mesmo com vitórias, após os resultados do sábado. Já o Trujillanos, o quinto eliminado, precisava pelo menos empatar para manter a chance de passar de fase, o que o time não conseguiu. Com as vitórias de Olímpia, Racing e Cali, a derrota do Trujillanos para o líder Atlético Nacional fez com que os rosas caíssem e aliviassem a situação para os demais.

Confira abaixo o resumo dos jogos da 12ª rodada.

Deportivo Cali x Cobresal

Parabéns ao Cobresal, que mesmo eliminado teve um time completo para jogar contra o Deportivo Cali. Mesmo com menos força de elenco e sem contar com seu goleiro oficial, os laranjas deram trabalho aos verdes, com o primeiro tempo terminando empatado em 2×2.

Na segunda etapa, o Cali contou com a entrada de Magrão, que estava suspenso. Com jogadas que envolveram os adversários, os colombianos conseguiram vencer o jogo por 6×4, com três gols de Magrão. Leandro, goleiro do Cali que marcou um dos gols do jogo e deu duas assistências, avaliou o desempenho da equipe na partida. “No jogo, sofremos com os desfalques de Magrão [primeiro tempo] e Baiak. Demoramos a nos acertar, e enfrentamos um Cobresal organizado, mesmo sem goleiro. Mas, aos poucos e com paciência, aproveitamos a vantagem numérica e vencemos”.

O guarda-redes também definiu o que foi o Cali até aqui. “Um time que precisa ter equilíbrio. Magrão e Nereu precisam apoiar mais a defesa. Rato precisa entrar no clima dos jogos. Eu preciso, urgentemente, parar de cometer falhas bobas. O time precisa jogar mais compactado, porque sempre deixamos uma lacuna no meio da quadra, o que facilita o trabalho de qualquer adversário. Devemos também manter a união, pois sei que cada um é capaz de dar o sangue pelo time”.

A maioria dos atletas do Cobresal mantém o boicote à imprensa, e não devem dar declarações até o fim do campeonato. Porém, o time não parece muito chateado com a eliminação, e se mantém em quadra, jogando por cervejas e diversão.

Emelec 4 x 7 Olímpia

O Emelec entrou em quadra sem seu principal jogador, Pigor. Mesmo assim, os cinzas ainda sonhavam em vencer, e manter a luta pela classificação. Porém, o sonho acabou. Já no primeiro tempo, os paraguaios do Olímpia abriram 3×1, em mais um dia inspirado de Hetchko. O Emelec lutou até o fim, mas acabou derrotado por 7×4.

O jogo não teve muitos momentos de emoção, já que os cinzas tinham pouca chance de se classificar. Os pretos, caso perdessem, correriam o risco de chegar à última rodada lutando ainda para não cair. “Foi um jogo bom, apesar da situação dos adversários. Conseguimos a vitória, que era o objetivo principal. Agora é tentar melhorar a classificação, mas não podemos escolher adversários para a próxima fase”, contou Mano, apelidado de Dorvalino pela família.

Com a vitória, o Olímpia chegou aos 18 pontos e garantiu a vaga na próxima fase. Porém, o time está na oitava colocação e, caso continue, irá enfrentar o Atlético Nacional nas quartas, o que ninguém está muito inclinado a fazer. Uma curiosidade é que os Narcos só perderam duas na Copa, e uma delas foi justamente para os pretos.

Cerro Porteño 7 x 6 Rosário Central

Bem que o Rosário tentou, mas a eliminação foi decretada em um jogo daqueles de fazer o coração bater mais forte a cada lance. Os azuis entraram em quadra com nove pontos, sabendo que, caso não vencessem, estariam eliminados. Os vermelhos já entraram classificados, mas buscavam a vitória para se manter entre os primeiros colocados.

O jogo começou com o Cerro com mais posse de bola e dominando as jogadas de ataque, até abrir o placar. Depois disso, o Rosário acordou, principalmente com a chegada de Haryson à quadra. O time inverteu as chances e logo virou o placar, que terminou em 2×1 na primeira etapa. A escassez de gols no primeiro tempo deu margem ao mar de bolas na rede na segunda etapa, que terminou em 6×4 para o Cerro, que levou os três pontos, vencendo por 7×6.

O Cerro comemorou a vitória, que foi construída na segunda etapa, principalmente após um pedido de tempo do Rosário, melhor naquele momento. “Começamos bem, mas relaxamos e vimos eles abrirem três gols de vantagem. Porém, eles pediram tempo, e assim nos arrumamos. Uma das nossas características mais fortes é lutar até o último minuto, o que já nos fez buscar placares quase impossíveis. E esse jogo foi mais um exemplo da força do nosso elenco”, enfatizou Dalton, o irmão gêmeo do Diogo.

Ao Rosário, sobrou apenas o sentimento de que o time poderia ter feito mais durante o campeonato, já que tinha um dos elencos considerados mais fortes antes dos jogos começarem. Igor, um dos estreantes e destaque do time no campeonato, afirmou que, apesar da qualidade individual, os atletas não conseguiram desempenhar bom papel como equipe. “Faltou um pouco de vontade nos jogos. Nosso time é bom, porém também falhamos em não conseguir estabelecer as posições corretas durante o campeonato”. Segundo fontes, o atleta já negocia contrato com outro clube para o ano que vem.

Classificado, o Cerro Porteño ainda tem o Emelec pela frente, na última rodada da primeira fase. Porém, o time já começa a pensar na fase de mata-mata. “Teremos disputas acirradas pelo título, com times equilibrados. Acho que o Cerro tem todas as possibilidades de chegar longe, quem sabe conquistar o título de 2016”, exclamou Daltinho.

Os paraguaios assumiram a vice liderança (23 pontos), com a derrota do Toluca. O Rosário continuou na antepenúltima posição, com nove.

Pumas 12 x 6 Boca Juniors

Os marrons, já em uma situação mais tranquila quanto à classificação, foram quase completos para enfrentar os amarelos, já eliminados. Apenas sem Garret, poupado devido à contusão, o Pumas foi para cima do do Boca Juniors, que levou apenas cinco atletas para a partida (Luiz, Heitor, Diogo, Taborda e Krystopher).

O placar foi construído aos poucos, com gols de praticamente todo o time mexicano. Alisson, que voltou na partida passada de contusão, aproveitou a chance para recuperar alguns gols que deixou de fazer nas rodadas em que esteve ausente. “Sobrou, amigo, eu guardo. Não interessa se é contra o Atlético Nacional ou contra o Boca Juniors. Temos que ter foco e vencer, e foi o que fizemos”, afirmou o craque.

Pelo lado amarelo, também ficam os parabéns, já que a equipe não permitiu que acontecesse um W.O. Na segunda etapa, o goleiro Luiz Fernando foi expulso, o que deu ainda mais facilidade para os marrons. “Prometemos que colocaremos o time para jogar até o fim do campeonato, e faremos isso. Infelizmente, sem reservas fica difícil, mas ainda conseguimos nos divertir jogando”, relatou Diogo, irmão gêmeo do Dalton.

Com a vitória, o Pumas foi a 21 pontos, assumindo a terceira posição. O time pode até terminar a primeira fase na vice liderança, caso vença e o Cerro perca a partida na última rodada. O Boca manteve a vice lanterna, com apenas quatro pontos ganhos.

Racing 7 x 2 Toluca

Em um dos jogos mais esperados do dia, o Toluca mostrou que, apesar dos poucos resultados ruins que a equipe teve durante o campeonato, há jogos em que as coisas realmente não funcionam. Mesmo com a melhor defesa da Copa, e com o goleiro menos vazado, após passar por cima do Narcos na última rodada, o time foi atropelado pelo Racing, por 7×2.

Além de o time do Toluca mostrar fraquezas, o Racing mostrou força, mais uma vez. Com Tevez e Badaz (dois nomes com cinco letras, com duas vogais e três consoantes, terminados em Z, o que não quer dizer nada) inspirados, os azuis fizeram um segundo tempo digno de time classificado. “Soubemos aproveitar as chances criadas, porque passar pela muralha do Toluca não é fácil. Arrumamos a marcação atrás, com o Kimura assustando quem chegava perto e o Robson pegando tudo, e conseguimos mais uma vitória importante”, disse Rosner.

Com as derrotas, os bordôs caíram para a quarta posição, com 21 pontos. Os azuis, que também garantiram a classificação, podem chegar até à quarta posição, com combinação de resultados.

Atlético Nacional 4 x 1 Trujillanos

O que era para ser um grande jogo, realmente foi e acabou por defini todos os classificados para a próxima fase. O Trujillanos, que começou a rodada em nono, precisava pelo menos do empate para não cair já nessa rodada, porém, mesmo sem João Pedro, o Atlético Nacional mostrou que não é tão dependente assim do craque, colocando futebol envolvente em quadra, e dando poucas chances de crenças aos rosas.

Além de JP, Magno, um dos artilheiros da Copa, também foi desfalque. Com destaque para a força física de Cássio na marcação, e boas jogadas de Padilha no ataque, os verdes deixaram claro que não estão na primeira posição a toa. “Jamais pensamos que dependemos somente de um jogador. Não foi um jogo fácil, mas o time entrou focado em quadra, com dois grandes objetivos: garantir o primeiro lugar nessa fase e ganhar cervejas em apostas. O primeiro gol do jogo, do Padilha, nos deu ainda mais motivação, pois foi um gol nível A, em cima de um goleiro nível A. Se continuarmos com essa vontade, temos grandes chances de chegar até a final”, decretou Ricardo Esperidião.

Michel de Lara, o jogador que tomou a responsabilidade de encarar a imprensa, alegou que a eliminação se deu pela soma de pontos perdidos pelo Trujillanos durante a Copa, como os empates cedidos nos últimos minutos ao River e ao Cerro Porteño. “Não fomos eliminados no jogo de hoje, já que perdemos para o líder, o que pode ser considerado um resultado normal. Estamos fora por todos os jogos em que diminuímos o ritmo e cedemos pontos preciosos aos adversários. Mas, agora não adianta lamentar, vamos honrar a CEA e entrar em quadra na última rodada, em busca da vitória”.

O Narcos garantiu o primeiro lugar na classificação, e agora irá se divertir assistindo River, Cali, Racing e Olímpia fugirem da oitava colocação, que dará o “direito” ao confronto contra eles.

Feijoada da rodada

Diferente da tradição CEAniana, o fim de semana teve uma feijoada substituindo o tradicional churrasco. E ninguém poderá um dia dizer que sentiu falta de carne assada no sábado. Dona Mari Wosch merecia um prêmio exclusivo ao fim da Copa, somente pela iguaria oferecida às pessoas que ficaram.

Com quase 40 participantes, o evento registrou um dos recordes dos fins de semana para a comilança. “Divina. Indescritível”, definiram alguns. “Quase morri de tanto comer”, lamentaram outros. “É necessário que essa feijoada seja estabelecida como obrigatória, pelo menos uma vez por ano em nossa Copa. Quem sabe, ela possa substituir o churrasco de abertura, ou até o de encerramento, pois foi uma refeição de primeira, elogiada por todos os presentes, até os vegetarianos, que apreciaram o aroma”, discursou um dos presentes.

Na próxima rodada, mais uma vez, o churrasco deve ser feito na casa do Nereu, que já está se tornando um reduto dos atletas da CEA. Haverá costela de chão e outros pratos, no churras promovido pelo líder isolado, Atlético Nacional.

 
Jeferson Nunes

Coordenação de Comunicação

Copa Entre Amigos 2016

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